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Um dia vais perceber que há palavras com um valor demasiado grande para serem ditas da boca para fora.

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

#30 carta para o reflexo que vez quando olhas ao espelho


nunca precisei de falar comigo mesma quando tinha o papel e a caneta, mas quando tive de o fazer não gostei nem fiquei fan de tal coisa. É algo que perturba mentalmente, porque vez sempre que a pessoa que guarda o que mais precioso à em ti não é aquela que vez quando te olhas ao espelho da casa de banho, do retroo visor do carro, da porta do prédio, do visor do telemóvel. Esse é o reflexo que mais magoa, sim é esse que me transtorna. Quando te olho, vejo sempre dois lados, como em toda a gente, mas em ti, é muito próprio e fundo, até deixar de ver. vejo sempre a bondade nos teus olhos, o desejo na tua boca, o brilho nas tuas convinhas, a fúria (de raiva e desejo) nas tuas mãos e a vingança nos pés. todo o teu corpo e promonizado por sentimentos e sensações, como vez, descrevo-te até para lá do espelho, eu sei que raramente me fazes isso e que só passa o tempo a criticar-me, mas eu a ti vejo sempre o melhor de mim.

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